Dia Vinte e Dois
O giz amarelo rabisca, sem pretensão, a parede do quarto, onde
O índigo olhar curioso de uma criança compreende mais que os deuses imaginariam.
O ouro se torna um papel amassado com mãozinhas verdes nele tatuadas,
E vaga, tranquilamente, pela eternidade da alma que deixou de ser vã ou cinza.
O arco-íris, do vermelho ao violeta incandescente, e a alva pele com pequenas sardas
É naturalmente o contraste visível desta doce existência.
E no caótico movimento dos seres pelas cores da cidade, defino que
O amor transcende a compreensão e nos desperta para um simples milagre: a vida.
* Homenagem a minha filha, Giovanna Brighentti Correa.
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