Mãos Lentas
Mãos tão lentas
Tentando mover o que ainda resta de seu mundo,
Que já não sabe se o pertence
Ou se a ele pertence.
Um dia tão calmo,
Com copos de café gelado.
Sem charme de notas de dólares
Nem feridas visíveis sobre a pele.
Pés tão cambaleantes
Lutando contra as calçadas tortas,
Surrando sapatos de mentira
E chegando ao lugar-nada.
Uma noite tão noite,
Daquelas que nos esquecemos.
De labaredas azuis
Queimando gravetos nas ruas da lua.
Vamos jogar cartas?
Vamos correr atrás de cometas?
Vamos acender cigarros?
Vamos nos fingir de mortos?
Já é mesmo tarde?
Ou ainda cedo demais?
Usualmente não durmo antes das seis.
Da tarde ou da manhã.
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