Privação
Não vou mais dormir assim
Com meus pés gelados
E contigo dentro de mim.
Não vou mais pensar em ti
Durante a madrugada
Numa insônia sem fim.
E pelos dias não vou te desejar,
E na primeira chance
Eu vou, vou te negar.
Não te sinto,
Não te olho
Nem sinto seu cheiro,
E depois tantos anos
Não te amo... Mais.
Não se deite com este velho sorriso
Nem tente me seduzir,
Já é passado seu tempo de partir.
Por uma década ou mais
Te dei tudo que poderia,
Hoje simplesmente sou incapaz.
Você não passa de uma lembrança,
De uma fogueira se apagando,
De um frágil odor se espalhando.
E sim,
Eu não te sinto,
Não te olho
Nem sinto seu cheiro,
E depois de tantos anos
Não te amo. E nunca mais.
19/09/2013
03/09/2013
Letrinhas Rimadas
Letrinhas Rimadas
Sinto por ti tudo aquilo que
Já não se sente por aí.
Antítese modernista,
Em cada palavra, ponto ou vírgula
Há muito mais do homem que do artista.
O que te digo, em pânico programado,
É que é impossível esconder a essência do desejo,
Tão inequivocado.
Ao invés do esperado horror.
O que eu lhe trouxe nesta embalagem esbranquiçada
É o tal de infinito e incrível amor.
E nossa história estoriante prossegue sendo escrita,
Ainda por aquela santa diferente,
Utilizando em sua aquarela todas as cores existentes.
*Pseudo-poesia dedicada à Honey Pie, minha. ( https://www.youtube.com/watch?v=hlItyQrgw80 )
Sinto por ti tudo aquilo que
Já não se sente por aí.
Antítese modernista,
Em cada palavra, ponto ou vírgula
Há muito mais do homem que do artista.
O que te digo, em pânico programado,
É que é impossível esconder a essência do desejo,
Tão inequivocado.
Ao invés do esperado horror.
O que eu lhe trouxe nesta embalagem esbranquiçada
É o tal de infinito e incrível amor.
E nossa história estoriante prossegue sendo escrita,
Ainda por aquela santa diferente,
Utilizando em sua aquarela todas as cores existentes.
*Pseudo-poesia dedicada à Honey Pie, minha. ( https://www.youtube.com/watch?v=hlItyQrgw80 )
29/08/2013
A Embarcação (Desconexão)
A Embarcação (Desconexão)
Não conheço todos os sons, os tons,
Apenas gosto daquela canção.
Uma pequena e bela embarcação
Navega o rio que corta sublime uma grande cidade.
Em noites como esta
Anseio pela claridade que a manhã traz.
Nada está errado ou certo demais,
Apenas falta algo convincente para que eu possa fechar os olhos.
Não conheço todos os sons, os tons,
Apenas gosto daquela canção.
Uma pequena e bela embarcação
Navega o rio que corta sublime uma grande cidade.
Em noites como esta
Anseio pela claridade que a manhã traz.
Nada está errado ou certo demais,
Apenas falta algo convincente para que eu possa fechar os olhos.
Sangue Escarlate
Sangue Escarlate
Percorro-te através das artérias!
Às vezes, cruelmente agitado,
Noutras, calmo e sonolento,
Como uma pressão nove por cinco.
Provoco um incômodo,
Uma coceira e um formigamento.
Proporciono ímpar relaxamento
E prazer imensurável, interno.
Sou seu, rubro, brilhante sob a lua.
Desprezado! Eliminado, continuamente jorrando.
Desejado! Esquecido, me renovo.
Sou a marca e a mancha eterna.
Sou o que te faz pulsar.
Percorro-te através das artérias!
Às vezes, cruelmente agitado,
Noutras, calmo e sonolento,
Como uma pressão nove por cinco.
Provoco um incômodo,
Uma coceira e um formigamento.
Proporciono ímpar relaxamento
E prazer imensurável, interno.
Sou seu, rubro, brilhante sob a lua.
Desprezado! Eliminado, continuamente jorrando.
Desejado! Esquecido, me renovo.
Sou a marca e a mancha eterna.
Sou o que te faz pulsar.
19/07/2013
O Céu da Pipa Branca
O Céu da Pipa Branca
Há uma pipa no céu
E ela tem uma cruz preta em seu centro.
Há uma pipa no céu,
Pode não ser a última.
Solitária, faz acrobacias ousadas.
Há uma pipa no céu
E ela é a criança de cinco anos.
É também o revólver carregado.
E sou eu com um bom sorriso
E algumas lágrimas.
Havia no céu uma pipa,
Há cinco minutos,
E não há nuvens.
E todos prosseguem,
Cabisbaixos.
Há uma pipa no céu
E ela tem uma cruz preta em seu centro.
Há uma pipa no céu,
Pode não ser a última.
Solitária, faz acrobacias ousadas.
Há uma pipa no céu
E ela é a criança de cinco anos.
É também o revólver carregado.
E sou eu com um bom sorriso
E algumas lágrimas.
Havia no céu uma pipa,
Há cinco minutos,
E não há nuvens.
E todos prosseguem,
Cabisbaixos.
17/07/2013
Dia Dezessete
Dia Dezessete
Vou dar um passeio em seu coração e
Inventar a perfeita canção.
Nadarei em seu suor, inspirando-me e
Transpirando minha felicidade
Em seu corpo doce.
Então apenas feche os olhos e sonhe.
Traduza todas as frases
Refletidas nos espelhos imaginários e
Encare-me com seu largo sorriso,
Sendo o que você nasceu para ser: perfeita.
Vou dar um passeio em seu coração e
Inventar a perfeita canção.
Nadarei em seu suor, inspirando-me e
Transpirando minha felicidade
Em seu corpo doce.
Então apenas feche os olhos e sonhe.
Traduza todas as frases
Refletidas nos espelhos imaginários e
Encare-me com seu largo sorriso,
Sendo o que você nasceu para ser: perfeita.
24/06/2013
O Morador
O Morador
Morador do subsolo,
Não tinha o sol nem quase nada.
Morador do submundo,
Peito rasgado e uma sede louca.
Queria subir,
Mas não até o céu.
Queria fugir
Pelas vielas do labirinto da alma.
Quis fazer arte,
Quis escrever poemas,
Quis fingir ficar,
Quis se libertar,
Quis o que não se quer,
Quis o que não se deve querer.
Morador,
Contentou-se.
Morra a dor,
Rezou. E foi atendido.
19/06/2013
Poema Lúdico do Sol Desenhado
Poema Lúdico do Sol Desenhado
Pairando,
Um deus profano e sacro,
Sou.
Entre os vão escuros
Das inquietantes montanhas
Recito meu poema-vida e minha poesia morte.
Dilemas, chapéus, arcos-nada-íris,
fantasmas, rosas, civilizações,
Camisas, artigos e cores.
Dentro de você purifico-me e danço.
Em você e para nossas estrelinhas de papel
À morte canto.
13/06/2013
Jéssica, apenas
Jéssica, apenas
Na estrada estreita,
Na beira do abismo,
Encarei a queda e ela sorriu.
Sorri de volta.
No silêncio da noite pálida,
De brisa fria,
Senti um abraço, um toque em meu rosto.
Tornei-me rei.
Nos sonhos, você.
Ao despertar, você.
No passado, você.
No futuro, você.
Dê-me de presente seu tempo presente.
Te dou o sagrado, o real,
Descubro uma nova América
Próxima ao coração,
Minha, apenas.
No nosso tempo, volte.
Com um beijo nos lábios, volte.
E creia na criação perfeita
Que chamo de nosso amor.
Na estrada estreita,
Na beira do abismo,
Encarei a queda e ela sorriu.
Sorri de volta.
No silêncio da noite pálida,
De brisa fria,
Senti um abraço, um toque em meu rosto.
Tornei-me rei.
Nos sonhos, você.
Ao despertar, você.
No passado, você.
No futuro, você.
Dê-me de presente seu tempo presente.
Te dou o sagrado, o real,
Descubro uma nova América
Próxima ao coração,
Minha, apenas.
No nosso tempo, volte.
Com um beijo nos lábios, volte.
E creia na criação perfeita
Que chamo de nosso amor.
Olhos
Olhos
Pele clarinha,
Mãos pianistas.
Nas costas arte
E unhas verdes.
E o rosto, o rosto,
Seu gosto.
E o que sou em nós
E o que és aqui.
Compromissos, cabelos curtos,
Na minha roupa, em minha boca.
Despindo-se, despedaçando-se,
Sobre e sob mim.
Olhos escuros castanhos,
Olhos escuros,
Olhos castanhos,
Olhos em meus olhos.
Pele clarinha,
Mãos pianistas.
Nas costas arte
E unhas verdes.
E o rosto, o rosto,
Seu gosto.
E o que sou em nós
E o que és aqui.
Compromissos, cabelos curtos,
Na minha roupa, em minha boca.
Despindo-se, despedaçando-se,
Sobre e sob mim.
Olhos escuros castanhos,
Olhos escuros,
Olhos castanhos,
Olhos em meus olhos.
O Reino
O Reino
Ele, o rei, andava pelo salão de festas esvaziado.
Fitava as cortinas, os lustres
E encarava o chão.
Ela, a rainha, repousava no imenso quarto
De adornos dourados e pensava.
Na própria vida, nos sonhos desassossegados
E no homem de olhar castanho escuro e secreto.
Ele, o prosaico, sob a sombra de uma árvore sorria levemente
E sentia seu próprio coração batendo em suas mãos.
E sabia mais do que os membros do castelo jamais saberiam.
Era um reino, de um rei insosso e uma rainha altiva.
Era um plebeu, que possuía o resto do mundo e suspirava ao se lembrar
Do suave odor que dela exalava.
Ele a quis, ela quis o mundo, fora do castelo, com ele.
O rei? Se enforcou, solitário, debatendo-se lentamente.
Ele, o rei, andava pelo salão de festas esvaziado.
Fitava as cortinas, os lustres
E encarava o chão.
Ela, a rainha, repousava no imenso quarto
De adornos dourados e pensava.
Na própria vida, nos sonhos desassossegados
E no homem de olhar castanho escuro e secreto.
Ele, o prosaico, sob a sombra de uma árvore sorria levemente
E sentia seu próprio coração batendo em suas mãos.
E sabia mais do que os membros do castelo jamais saberiam.
Era um reino, de um rei insosso e uma rainha altiva.
Era um plebeu, que possuía o resto do mundo e suspirava ao se lembrar
Do suave odor que dela exalava.
Ele a quis, ela quis o mundo, fora do castelo, com ele.
O rei? Se enforcou, solitário, debatendo-se lentamente.
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