12/03/2010

Curta Poesia Inculta

Curta Poesia Inculta


Aceito-me. Açoito-me. Tenho em cores as dores vívidas de outrora
E em tela branca a presença do hoje.
Vagarosamente revivo a própria morte, nas infames e ilustres presenças
De meus deuses pequeninos.

Salvo-me. Despeço-me. Não há nada que me mude sem se mudar. Partir e repartir, com uma única camisa.
Ternamente, o ar que me permitem, eu respiro. Com estilo. E tempero
A desistência com iguarias de meu norte, meu próximo norte.

Num gole de café, de mar, de vodka. Num cigarro.  Com a voz embriagada, como um cão de madrugada.
Deito-me, corto-me. Quando a arte finda, linda, brevemente sorrio, em um silêncio de quem ninguém quer despertar.

Entre a noite e o dia, descubro os dissabores de ser eu. De ter sobrevivido. Sou novo, de novo. Em caos.
Canto-me, espanto-me, jogo-me, levanto-me.
Seguro-me fortemente em seu vestido. Verde.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Isto é Sobre um Céu de Desenho Animado

Isto É Sobre Um Céu de Desenho Animado Ela dorme em seda rosa E também em grama verde. E ela sabe tão pouco sobre o mundo Que at...