17/03/2010

O Habitante


O Habitante


Quantos castelos serão por suas mãos construídos?
Quantos deuses por sua fé serão evocados?
Quantas vezes por seu amor serei chamado?

Em seu ventre renascerei,
Em seus seios me alimentarei,
Em seus cabelos nadarei
Em direção aos céus de antigamente.

Desejo-te em elegante francês.
Odeio-te, te esqueço, por vinte minutos.
Em medos vãos, em vôos rasantes.

Em planos, em improvisos.
Devoro-te em dois dias,
Amo-te, te guardo, por trinta anos.

12/03/2010

Curta Poesia Inculta

Curta Poesia Inculta


Aceito-me. Açoito-me. Tenho em cores as dores vívidas de outrora
E em tela branca a presença do hoje.
Vagarosamente revivo a própria morte, nas infames e ilustres presenças
De meus deuses pequeninos.

Salvo-me. Despeço-me. Não há nada que me mude sem se mudar. Partir e repartir, com uma única camisa.
Ternamente, o ar que me permitem, eu respiro. Com estilo. E tempero
A desistência com iguarias de meu norte, meu próximo norte.

Num gole de café, de mar, de vodka. Num cigarro.  Com a voz embriagada, como um cão de madrugada.
Deito-me, corto-me. Quando a arte finda, linda, brevemente sorrio, em um silêncio de quem ninguém quer despertar.

Entre a noite e o dia, descubro os dissabores de ser eu. De ter sobrevivido. Sou novo, de novo. Em caos.
Canto-me, espanto-me, jogo-me, levanto-me.
Seguro-me fortemente em seu vestido. Verde.



05/03/2010

221

221



Em dado momento, 
Já não sabia se o sangue era meu ou seu.
Nem mesmo se era sangue!
Talvez fossem as cores da vida pulsando 
Sobre nossos corpos.

Isto é Sobre um Céu de Desenho Animado

Isto É Sobre Um Céu de Desenho Animado Ela dorme em seda rosa E também em grama verde. E ela sabe tão pouco sobre o mundo Que at...