Ela dorme em seda rosa
E também em grama verde.
E ela sabe tão pouco sobre o mundo
Que até parece saber tudo.
Com a beleza da simplicidade descontraída
Ela sorri e fala sobre a Síria, os estádios de Buenos Aires,
Um filme francês, Rimbaud e novela.
E despreocupadamente toma uma xícara de chá.
E hoje ela vai ao bar, camaradear em paz,
E vai sorrir e desenhar bigodes nos pôsteres.
Vai cantar Tom Waits, "Hold On",
E se lembrar que nada nunca esteve perdido.
Sem contas, sem promessas, sem rimas.
Vestindo um "eu gosto" confortável, ela caminha
E contraria o fluxo cego por ter achado seu mundo
Num momento estranho e claro com gosto de bolinho de chuva.
E nós sabemos que tudo isso pode não importar.
E nós não sabemos como um sorriso pode iluminar
Todas as ruas do mundo.
Ela sabe.