29/12/2010

Em Chamas

Em Chamas


E queima. O corpo, a alma, o futuro desnudo.
E queima. O sobejo físico químico orgânico.
Querer adormecer, querer girar. O querer ser, mais que estar.

Ensurdecedor ruído, microfonado. Inquietador silêncio, nos olhos.
As noites seqüenciais. A insistência. Quase desistência.
Os sinos brandos da capela
Repelem os sentidos. De novo.

Os abrigos de outrora? Por terra.
Os amigos de sempre? Arruinados. E cansados.
Os cânticos sacros não mais demonstram
A afeição empalidecida.

Os cachos capilares dourados, lindos e limpos
Sugerem diafaneidade. Correspondem a tal idade.
Voar? Intensificar? Calar? Fechar as janelas?
De qualquer forma, paradoxalmente.

E assim se fez o infinito, menos infame.
E assim se fará.
Queimando. Em chamas coradas.

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